Como me convenci logo cedo de que não seria eterno e que minha passagem por aqui, a nossa por assim dizer, se resume apenas a alguns poucos dias, venho me pautando por uma obcecada conduta filosófica: fazer do privilégio dessa pequena passagem algo que realmente tenha valido a pena, em especial quando se trata do enorme tempo que dedicamos ao trabalho. E sugiro a mesma atitude para você.

Não estou sendo fatalista e nem estou com alguma doença terminal, suponho. Ao contrário, me sinto cada vez melhor. Tenho me empenhado para cada vez mais para me sentir melhor. Gosto muito de viver e tenho feito a minha parte, cuidando bem de minha saúde, para ficar mais alguns dias por aqui.

Quando digo que a nossa passagem por aqui se resume a apenas poucos dias é por uma simples razão aritmética. Nós não vivemos anos. Vivemos dias e noites. A divisão dos dias e noites em anos é algo inventado por nós mesmos, humanos e civilizados. E você já se deu conta de quantos dias e noites já  tivemos em nosso planeta? Certamente incontáveis. São bilhões e trilhões de dias e noites.

Se você parar e refletir um pouco sobre isso e se fizer as contas, perceberá que quando comparamos o tempo desde que o mundo já existe, em termos de dias, com tempo que nós vivemos ou podemos ainda viver, também em dias, a conclusão que chegamos é que nossa passagem, realmente, se resume a alguns privilegiados poucos dias.

Portanto, principalmente se você concorda com esse meu raciocínio, entre outros importantes pontos e aspectos de nossas vidas, é preciso que o tempo que dedicamos trabalho também tenha valido a pena ser vivenciado. Afinal, praticamente 1/3 de nossa existência é dedicado a isso. Temos de nos empenhar em fazer o que realmente gostamos.

Vou mais além. Precisamos nos empenhar em fazer o que realmente gostamos, para as pessoas das quais realmente gostamos. Nossa felicidade será ainda maior se conseguirmos fazer o que realmente gostamos, mas também num lugar de que realmente gostamos. A meu ver, esse equilíbrio de situações certamente poderá nos dar a tão sonhada realização profissional.

Muitas pessoas não conseguem encontrar esse equilíbrio porque muitas vezes não aceitam ou não querem correr o risco de saírem de perto das pessoas das quais realmente gostam no momento. Outros, não aceitam ou não querem correr o risco de mudar de cidade para não ter de abrir mão da convivência com familiares e amigos.

Conciliar fazer o que gosta, com as pessoas das quais gosta e no lugar de que gosta é uma combinação muito difícil de ser feita. Algumas vezes, a pessoa faz exatamente o que gosta e com as pessoas das quais gosta,  mas num lugar do qual não gosta. Outras vezes está no lugar que gosta, mas, por falta de alternativas, trabalha no que não gosta e assim sucessivamente.

Esse equilíbrio pode ser alcançado ao longo de sua carreira, mais em alguns momentos e fases de sua vida profissional e menos em outros. Mas é preciso que se disponha a buscar novos horizontes e abrir novas fronteiras, tentando percorrer novos caminhos e buscar novas soluções.

No mercado de trabalho não existe a fila única em que muitos insistem em permanecer. Procure ser original e esforce-se para encontrar ou desenvolver novas oportunidades. Não vá, exclusivamente, na direção convencional em que todo mundo está indo, como se fosse uma fila única.

Ora, para você ganhar o seu sustento com dignidade e se realizar profissionalmente, você não precisa, necessariamente, enfrentar uma guerra todos os dias, competindo com as várias pessoas ao mesmo tempo, muitas vezes mais preparadas do que você ou podendo aceitar condições e negociações que você não consegue aceitar.

Você pode (e deve) estar sempre preparado para enfrentar todas as adversidades que o mercado de trabalho oferece.  Mas não é só porque você está totalmente preparado que você tem que ficar se expondo, desnecessariamente, aos seus adversários, concorrentes ou oponentes, gastando energia a mais do que é preciso.

O mercado de trabalho é muito grande. O Brasil é muito grande. O mundo é maior ainda. Se você olhar para fora de onde está e aceitar a se arriscar um pouco mais para pontuais ou definitivas mudanças, esteja certo que você encontrará outros excelentes locais para trabalhar e viver. E nesses novos locais certamente você também encontrará pessoas com que gostará de estar e conviver. E sempre terá a alternativa de fazer o caminho de volta, de forma opcional ou porque a experiência não tenha sido bem sucedida.

Aquilo que você realmente gosta de fazer, e que corresponde às necessidades das pessoas e das empresas, não muda ou se diferencia radicalmente em outros lugares.  As necessidades existem nas pessoas e nas empresas em todo e qualquer lugar em que elas estejam estabelecidas, ainda que não tão intensamente como em grandes centros mais desenvolvidos. Nos centros e em determinadas regiões mais desenvolvidas, o desequilíbrio entre demanda e oferta por bens e serviços é flagrante, em especial para algumas profissões.

Falando de Brasil, imagine quantos ótimos bens, produtos e prestação de serviços profissionais existem facilmente e em abundância nos grandes centros urbanos e em determinadas regiões e que não são facilmente acessíveis – muitas vezes até inexistentes –  para a maioria das pessoas e das empresas localizadas em pequenas cidades ou em outras regiões deste imenso país.

Muitas pessoas e empresas por esse Brasil afora – e obviamente pelo mundo todo – sequer ainda conhecem a utilidade de muitos dos bens, produtos e serviços abundantes nos grandes centros ou em determinadas regiões mais desenvolvidas, e ainda não têm o  hábito de utilizá-los. Estamos falando de bens, produtos e serviços relacionados com toda e qualquer profissão ou especialização, da mais simples e corriqueira à mais complexa, sem exceção. Ao fazermos essa comparação podemos observar claramente esse grande desequilíbrio, sugerindo enormes oportunidades para muitos profissionais.

Considere ainda que as pessoas e as empresas, localizadas em centros menores ou em outras regiões,  que já descobriram a utilidade e  precisam destes bens ou serviços, são obrigadas a enormes sacrifícios e gastos adicionais desnecessários com viagens, hospedagens, alimentação, etc. pra deles usufruir.

Viabilize condições para levar seus conhecimentos, suas habilidades e experiências para mais perto dessas pessoas e empresas, adequando-os às necessidades, características e peculiaridades de cada cidade ou região em termos da qualidade dos serviços, preços e demais condições.

Quem sabe, não seja essa uma boa opção para você poder conciliar qualidade de vida com realização profissional, fazendo o que gosta, no lugar que gosta, com as pessoas das quais gosta.

Ao se decidir por fugir dos grandes centros, das balas perdidas, dos seqüestros relâmpagos, das enchentes, do caótico trânsito, etc. leve consigo e com a sua família a disposição adicional para enfrentar e lidar com as seguintes situações, muito comuns em pequenas (e até mesmo médias) cidades:

1-         Perda do Anonimato.

Há uma piada corrente em pequenas comunidades que diz que irmão não cumprimenta irmão só para dizer que a cidade é grande. Se você não abre mão do seu anonimato pessoal, familiar e profissional, fuja de pequenas cidades, centro ou região. Vai ser muito difícil preservá-los. Os vasos comunicantes são intensos. Alguém sempre está vendo e atento ao que você está fazendo, principalmente se for algo considerado errado por ele ou pela comunidade ou por algum deslize seu.

Você vai ver e cruzar constantemente com as mesmas pessoas em várias situações de seu dia-a-dia: quando vai ao banco, ao supermercado, ao cinema, à farmácia, à feira e em outras atividades de lazer que a uma pequena cidade oferece.

E se você se integrar na comunidade, adquirindo ou incorporando os hábitos locais ligados ao lazer e passeios, você corre até o risco de encontrar as mesmas pessoas até mesmo na praia, se esta for alguma referência de status, ou em algum lugar no exterior. Quando não, suas atitudes e preferências podem passar a ser vistas e usadas como referências para outras pessoas em uma pequena comunidade.

Todos os seus passos e de seus familiares estarão sendo naturalmente observados – e o que é pior – muitas vezes sendo preconceituosamente julgados.

Se de um lado isto pode ser inconveniente, ao mesmo tempo pode aumentar o seu sentimento de segurança e proteção, na medida em que você se sente cercado de pessoas de confiança a quem pode recorrer a qualquer momento. Não é como em grandes centros, que apesar de as pessoas estarem à sua volta evitam prestar-lhe ajuda ou solidariedade só para não se envolverem com seu problema. Em pequenas comunidades as pessoas são, em geral, muito solidárias em situações em que a ajuda delas pode fazer a diferença, ainda que você queira se virar sozinho.

E o mesmo sentimento você terá em relação aos seus familiares. Isso não quer dizer que você e seus familiares não devam tomar os devidos cuidados e prevenções com os riscos e perigos. A violência está presente em todos os lugares. A única diferença em pequenas comunidades é que você não tem a sensação da insegurança. Diferente de um grande centro onde, além da insegurança propriamente dita, a pessoa tem, adicionada, a sensação da insegurança, agravando seus sentimentos de medo, mantendo-a mais alerta.

2-         Lidar Com o Preconceito.

Preconceito, infelizmente, é um dos traços mais negativos de nossa personalidade, muito presente em nosso cotidiano, mas, certamente, não é uma exclusividade de pessoas que vivem em pequenos centros ou pequenas cidades. Você vai encontrá-lo também em pessoas de centros maiores.

Em uma pequena cidade, como você não é conhecido na praça, você vai ter que mostrar muita competência e paciência adicional para conquistar o mercado local.

Toda generalização é perigosa, é verdade. É claro que nesses locais você vai encontrar pessoas e empresas que sabem muito bem reconhecer e diferenciar um bom profissional, um bom serviço e uma boa proposta de trabalho. Elas vão utilizá-lo e, certamente, prestigiá-lo.

Um exemplo: se você não estiver trabalhando em uma grande empresa local ou prestando serviços a ela,  vai ter de ficar explicando,  já que você é um profissional brilhante, por que não está trabalhando em uma grande cidade, onde você teria maiores possibilidades de êxito.

As pessoas não sabem (ou não entendem) que você pode estar seguindo uma estratégia ou um desejo pessoal, ou a lei do esforço mínimo, ou buscando a realização profissional e qualidade de vida, ou seja, buscando o equilíbrio entre fazer o que gosta, com as pessoas que gosta e no lugar que gosta.

Com o tempo você vai se acostumando e superando essas dificuldades, com suas iniciativas e trabalho, pois a sensatez das pessoas sempre acaba prevalecendo, mesmo as que vivem em pequenas comunidades.

Não se surpreenda, pois você também terá que, felizmente eventualmente, lidar com o preconceito vindo de  grandes centros.

Para você ter uma idéia, apenas como exemplo, a Revista Exame, anos atrás, avaliando um software para elaborar currículo cujo nome é “Elaborando o Próprio Curriculum”, desenvolvido pela empresa que dirijo, a Eventos RH, emitiu uma nota muito correta a respeito de sua qualidade e utilidade.

Com isso, recebemos centenas de ligações de todo o Brasil. As perguntas que nos eram feitas não eram especificamente em relação ao produto em si. As pessoas queriam saber de onde e qual era a empresa responsável pelo lançamento, como se o lugar ou a empresa pudesse, intrinseca e automaticamente, qualificar ou desqualificar o produto. A mesma dificuldade foi encontrada em importantes revendedores e distribuidores de software localizados em alguns dos principais centros do país.

Se você for realmente capaz para o que se propõe a fazer, essa questão não chegará a ser um grande problema. Com o tempo você vai conquistando seus espaços. O importante é saber lidar com ela e não se aborrecer facilmente.

3- Disposição Para Adaptar-se e Aceitar Limitações.

Se você mora e/ou trabalha em um grande centro, ao escolher uma nova e determinada cidade, centro ou região (de pequeno porte) para morar ou para desempenhar sua profissão, evite estabelecer comparações tendenciosas ou pontuais sobre sua realidade presente e a realidade anterior, querendo manter o mesmo estilo, hábitos e ritmos anteriores.

Ao contrário disso, esforce-se para adaptar-se. Numa pequena cidade, como dizem jocosamente as pessoas desses locais, até para morrer de repente é preciso um pouco de tempo e paciência.

Exageros à parte, certamente você não terá os atropelos e problemas do dia-a-dia, como por exemplo: poluição, problemas com transportes, violência urbana e insegurança geral de uma grande cidade.

Você vai poder estar mais perto da família, almoçar com os filhos e esposa(o) com mais freqüência – coisa que em um grande centro só é possível aos sábados, domingos e feriados.

Poderá participar mais do dia-a-dia da família, podendo cuidar mais de algumas das obrigações domésticas, como por exemplo: levar filhos à escola ou a outros locais relacionados com atividades e necessidades normais que eles exigem (médico, dentista, academias, etc.).

Por outro lado, vai ter de lidar, variando de local para local, com a falta de opções para lazer, diversão, aperfeiçoamento profissional, educação de filhos – em especial nos níveis superiores – tratamentos especiais de saúde e serviços especializados.

Especialmente, prepare-se para não se aborrecer quando precisar comprar algum bem especial para seu consumo ou utilizar determinado tipo de serviço, dos mais corriqueiros possíveis. Em geral, em pequenas comunidades, os profissionais e “empreendedores” administram seus respectivos negócios com uma visão de “economia doméstica”, artesanal ou amadora.

No comércio em geral, quando você encontra o produto, não encontra o seu número. Quando encontra o número, não encontra a cor. A falta de opção é tão gritante que é muito comum encontrar pessoas pelas ruas usando a mesma “novidade” que você está usando, mais parecendo um uniforme. Os prestadores de serviços, quando são competentes, não são profissionais no cumprimento de prazos.

Quando cumprem prazos, deixam muito a desejar na qualidade dos serviços. Em geral, se empenham e se desdobram para que você compre determinado produto ou serviço, mas desdenham de suas necessidades de assistência técnica e manutenção ou se precisar de alguma troca.

É claro que não estamos falando da maioria deles, apesar de ser um perfil empresarial muito freqüente em muitos lugares, até mesmo em grandes centros. Existem, felizmente, também as exceções, e não são raras, tanto no comércio, como nos prestadores de serviços, a ponto de serem referência regional, estadual, nacional e até mesmo internacional. Ou seja, mesmo estabelecidos em uma pequena comunidade, são procurados ou contratados por pessoas e empresas de centros maiores, dada a competência e profissionalismo com que dirigem seus respectivos negócios.

As relações pessoais em pequenas cidades, centros ou regiões tendem a ser mais íntimas do que o necessário. O profissionalismo existente pode ser afetado por relações “incestuosas”, envolvendo grupos de interesses locais, questões político-partidárias, parentesco, proximidade física e amizades.

Cada ação sua, por mais que lógica e tecnicamente correta que seja, precisa ser avaliada sobre os problemas e benefícios – diretos e indiretos – que pode ocorrer neste cenário peculiar.

A menos que esteja querendo mandar recados, abstenha-se de fazer comentários públicos sobre suas ideias, sugestões, críticas e recomendações – notadamente as que se possam ser relacionadas com a estrutura de poder vigente. O efeito dos vasos comunicantes em uma pequena cidade é devastador. Tanto pode te ajudar como atrapalhar – a você e a seus familiares.

Se você é um profissional especializado para trabalhar apenas como empregado, tome cuidado ao fazer a opção pela mudança, pois os empregos, notadamente os de melhor nível e remuneração, são quase que vitalícios em pequenas comunidades. Não há o que o mercado chama de “a dança das cadeiras”.

Se ficar desempregado, suas chances de recolocação, em condições parecidas, são praticamente nulas, pois o mercado de trabalho para esse tipo de profissional em uma pequena comunidade é muito restrito.

Poderá ser obrigado a ter de mudar de cidade, gerando um verdadeiro transtorno, que vai mexer com sua vida, com seus relacionamentos, seus hábitos e sua rotina. Muito pior, vira um transtorno também para esposa(o), filhos e familiares. É claro que estamos falando de posições cargos executivos,  qualificados e   especializados, de nível superior.

Procure conhecer detalhadamente o local no qual as oportunidades estarão surgindo, principalmente se você é uma daquelas pessoas enraizadas no estilo de vida de uma grande cidade ou não possui raízes ou uma motivação especial para morar ou trabalhar em uma pequena cidade. Não faça isto sozinho. Procure levar a família toda para dividir com você está responsabilidade pela mudança.

Tem sido muito comum ótimos profissionais serem contratados por empresas estabelecidas em pequenas comunidades e logo a seguir pedirem demissão porque a esposa não se deu bem com a vizinhança e/ou com o novo estilo de vida.  Quando não, foram os filhos que não se adaptaram à escola e/ou com os novos amigos ou com a falta de opção de lazer, entre outros fatores.

Para quem mora em pequenas comunidades e quer fazer o caminho inverso indo para os grandes centros, especialmente e exclusivamente para encontrar uma oportunidade de trabalho, avalie e considere o seguinte:

  1. a) Em um grande centro, o que normalmente acaba prevalecendo é a sua competência, ou seja, suas qualificações, suas habilidades, sua formação, sua experiência. Uma grande vantagem nos grandes centros é que o talento normalmente prevalece sobre a mediocridade. Isto não significa, necessariamente, que o mesmo não ocorre em uma pequena comunidade. Ocorre também, embora sempre haja um risco maior das avaliações serem afetadas por muitas relações próximas entre as pessoas.
  1. b) Aumentam significativamente suas chances de aperfeiçoamento e desenvolvimento, pois freqüentemente estará convivendo com muitos profissionais, tão ou mais preparados que você, de empresas concorrentes ou não. A convivência se dará em várias situações cotidianas, como por exemplo, no almoço, no lazer, reuniões, grupos de encontros, congressos, etc. Para o mesmo fim, terá ao seu dispor grande quantidade, variadas e qualificadas instituições de ensino e empresas que oferecem programas de treinamento, para todos os gostos e orçamentos.
  1. c) Por haver um risco maior de você mais facilmente sair da empresa e ir para outra, concorrente ou não, no mesmo local ou fora dele, em função de um mercado de trabalho maior, você acaba sendo mais valorizado, por ações e políticas de RH mais agressivas por parte das empresas, em especial no quesito salários e benefícios, visando a preservação de seus talentos e competências. No entanto, se por um lado você tem melhores salários e mais benefícios, de outro, você tem um custo de vida muito superior ao de uma pequena comunidade;
  1. d) Em condições normais de mercado, mudar de emprego em um grande centro não é algo tão difícil de ocorrer, pois há uma oferta muito superior, quando comparado com as oportunidades existentes em uma pequena comunidade. Num grande centro, temos o que chamamos de “a dança das cadeiras”, diferente do que ocorre em uma pequena comunidade, na qual os empregos são quase que vitalícios e mudar de emprego é, também, mudar de vida, mexendo em toda a sua rotina e a de seus familiares diretos;
  1. e) Por ser um grande centro, normalmente você e seus familiares encontrarão uma infinidade de alternativas de produtos e serviços para quase todas as suas respectivas necessidades – básicas e higiênicas, formação, desenvolvimento, cultura, saúde, diversão e lazer. Pelo amplo leque de opções que terá, é preciso muito cuidado na escolha das empresas e dos profissionais. Há muitos charlatões e picaretas, quando não marginais, por traz de um prestador de serviço ou empresa. Tome cuidado especial quando tiver que levar algum profissional ou empresa para dentro de sua própria casa, para não ser surpreendido com pequenos aborrecimentos e até mesmo com verdadeiras tragédias pessoais, destas que você normalmente toma conhecimento apenas através dos noticiários.
  1. f) O seu estilo de vida e a sua rotina, bem como de seus familiares, vão mudar muito. Vão ganhar mais anonimato, mas vão perder um pouco mais em solidariedade. Muitas vezes, não saberão sequer o nome de vizinhos. Vão conviver menos tempo entre si e conviver com problemas que afetam a qualidade de vida de todos, por exemplo: poluição do ar, sonora e visual, congestionamentos. Obviamente, estarão expostos a um risco maior de violência nas ruas, nas escolas e em quase todos os ambientes. Para agravar, vocês terão, adicionado ao risco da violência propriamente dito, uma permanente e maior sensação de insegurança, como se algo ruim estivesse para ocorrer a qualquer momento. Vão ter de aprender a lidar e superar muito stress.

Não importa qual seja sua situação ou seu interesse, se está ou não em um grande centro e quer ir para uma pequena comunidade ou o inverso. O importante é avaliar, ponderar, quantificar e considerar as vantagens e desvantagens, para você e seus familiares, relacionadas com a possibilidade da mudança em si, tanto as aqui mencionadas como muitas outras, que variarão conforme o caso e a pessoa.

Apesar de desconfortável, uma mudança é sempre algo muito interessante de ser vivenciado e muitas vezes necessária em nossa vida, em especial quando ainda jovens. Na pior das hipóteses, sempre sobrará um aprendizado: do que se pode continuar fazendo ou do que não mais deve ser feito.

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Autor: Paulo Pereira

Sócio-proprietário da Eventos RH e Especialista em Recursos Humanos
Fundador do Canal no Youtube Trabalho e Renda
Autor de 2 livros sobre o mercado de trabalho pela Editora Nobel

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